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Fatores demográficos e socioambientais associados à insegurança alimentar domiciliar nos diferentes territórios da cidade de Salvador, Bahia, Brasil

O objetivo deste estudo foi apresentar a prevalência da insegurança alimentar domiciliar em diferentes territórios da cidade de Salvador, Bahia, Brasil, e analisar fatores demográficos e socioambientais a ela associados. Os dados utilizados são de uma pesquisa maior denominada Qualidade do Ambiente...

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Published in:Cadernos de saúde pública 2022, Vol.38 (11)
Main Authors: Coutinho, Giselle Ramos, Santos, Sandra Maria Chaves dos, Gama, Cíntia Mendes, Silva, Silvana Oliveira da, Santos, Maria Elisabete Pereira dos, Silva, Natanael de Jesus
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
Online Access:Get full text
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Description
Summary:O objetivo deste estudo foi apresentar a prevalência da insegurança alimentar domiciliar em diferentes territórios da cidade de Salvador, Bahia, Brasil, e analisar fatores demográficos e socioambientais a ela associados. Os dados utilizados são de uma pesquisa maior denominada Qualidade do Ambiente Urbano de Salvador - QUALISalvador, realizada entre 2018 e 2020 em Salvador. A insegurança alimentar foi avaliada por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Foram analisados 15.171 domicílios. Modelos de regressão logística multinominal foram utilizados para analisar a associação de variáveis demográficas e socioambientais com insegurança alimentar leve (IAL) e moderada ou grave (IAMG), para Salvador e macrozonas. Salvador apresentou 40,96% de insegurança alimentar. Nas macrozonas, as prevalências se diferenciaram: Orla Atlântica (25,8%), Área Urbana Consolidada (33%), Subúrbio (45,7%) e Miolo (47,9%). Todos os fatores analisados apresentaram associação com IAL e/ou IAMG no modelo para Salvador, entre eles estão o responsável pelo domicílio ter escolaridade ≤ 4 anos (IAL: OR = 2,00; IC95%: 1.61-2,47/IAMG: OR = 4,94; IC95%: 3,83-6,35), renda familiar per capita de até 1/2 salário mínimo (IAL: OR = 2,62; IC95%: 2,37-2,93/IAMG: OR = 4,03; IC95%: 3,53-4,60), percepção sobre a qualidade do ambiente urbano como ruim (IAL: OR = 1,57; IC95%: 1,36-1,81/IAMG: OR = 2,03; IC95%: 1,73-2,38), com maior prevalência de insegurança alimentar em cenários de pior situação sociodemográfica. Na macrozona Miolo todos os fatores também se mantiveram associados à insegurança alimentar. Assim, os fatores de vulnerabilidade social estão associados à insegurança alimentar na capital e macrozonas, mas apresentam-se de formas especificas segundo características de cada território.
ISSN:1678-4464
DOI:10.1590/0102-311xpt280821