INFECÇÃO FÚNGICA NO TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS ABDOMINAIS, COM FOCO EM INTESTINAL E MULTIVISCERAL – REVISÃO DA LITERATURA

A natureza das infecções após os transplantes de órgãos sólidos mudou, significativamente, com o advento de potentes esquemas imunossupressores, o uso rotineiro de profilaxia antimicrobiana e os avanços das técnicas de diagnóstico microbiológico. Novos patógenos estão sendo identificados nessa popul...

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Published in:Brazilian Journal of Transplantation 2015-01, Vol.18 (1), p.26-30
Main Authors: Massaia, Adriana Weinfeld, David, André Ibrahim, Gritti, Catiana Mitica, Silva, Ivan Leonardo Avelino França e, Abdala, Edson
Format: Article
Language:eng
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Description
Summary:A natureza das infecções após os transplantes de órgãos sólidos mudou, significativamente, com o advento de potentes esquemas imunossupressores, o uso rotineiro de profilaxia antimicrobiana e os avanços das técnicas de diagnóstico microbiológico. Novos patógenos estão sendo identificados nessa população, incluindo vários com significante perfil de resistência a antimicrobianos. Cada tipo de enxerto apresenta riscos de infecções particulares, sendo os transplantes de intestino e multivisceral importantes exemplos disso. Entretanto, os padrões gerais de infecção são similares a todos os transplantes de órgãos  sólidos. As infecções nessas situações podem ser divididas em categorias: relacionadas ao doador, relacionadas ao receptor, infecções adquiridas na comunidade e infecções relacionadas à assistência à saúde. A cronologia das infecções após transplante é determinada pela natureza e intensidade das exposições epidemiológicas individuais e do estado de equilíbrio da imunossupressão. A escassez de estudos epidemiológicos das infecções pós-transplantes de intestino e multivisceral ainda mantêm sua compreensão, mais no estado da arte do que como ciência. O objetivo deste estudo  é descrever os dados epidemiológicos das infecções fúngicas pós-transplantes de intestino e multivisceral. Os agentes mais prevalentes nos transplantes de intestino e multivisceral foram: Candida spp. e Aspergillus spp. Os principais sítios de infecção foram: sítio cirúrgico, intra-abdominal, corrente sanguínea, cateter venoso central, urinário e respiratório. Os fatores de risco identificados foram: rejeição aguda, dose alta de imunossupressão, uso de dispositivos invasivos, cirurgias extensas e reoperação, enxerto contaminado, infecção prévia e paciente hospitalizado no período pré-transplante.
ISSN:2764-1589
2764-1589