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Risco de transmissão do vírus da raiva oriundo de sagui (Callithrix jacchus), domiciliado e semidomiciliado, para o homem na região metropolitana de Fortaleza, estado do Ceará

INTRODUÇÃO: Uma variante do vírus da raivafoi identificadaem associação a casos de raiva humanos, no Estado do Ceará, transmitidos por saguis (Callithrix jacchus), primatas frequentemente criados como animais de estimação. Essa variante não apresenta proximidade antigênica ou relação genética com as...

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Published in:Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2011-05, Vol.44 (3), p.356-363
Main Authors: Aguiar, Tereza D'ávila de Freitas, Costa, Edmara Chaves, Rolim, Benedito Neilson, Romijn, Phyllis Catharina, Morais, Nélio Batista de, Teixeira, Maria Fátima da Silva
Format: Article
Language:English
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Summary:INTRODUÇÃO: Uma variante do vírus da raivafoi identificadaem associação a casos de raiva humanos, no Estado do Ceará, transmitidos por saguis (Callithrix jacchus), primatas frequentemente criados como animais de estimação. Essa variante não apresenta proximidade antigênica ou relação genética com as variantes do vírus encontradas em morcegos e mamíferos terrestres das Américas. O objetivo do estudo foi avaliar os fatores de risco de transmissão do vírus da raiva oriundo de sagui (C. jacchus), criado como animal de estimação, para o homem na região metropolitana de Fortaleza, Ceará. MÉTODOS: Foi aplicado um questionário estruturado aos criadores de saguis, residentes nos municípios de Aquiraz e Maranguape, Ceará, enfocando o manejo e a interação desses primatas com humanos. Para avaliação da ocorrência de antígenos rábicos, através do teste de imunofluorescência direta (IFD), foram coletadas amostras de saliva dos saguis domiciliados e semidomiciliados. Com base nos resultados obtidos desses espécimes, foram analisadas amostras de sistema nervoso central (SNC). RESULTADOS: Na análise dos questionários, observou-se a proximidade dos criadores de saguis durante o manejo desses animais nos domicílios, bem como, seus conhecimentos limitados sobre a raiva, demonstrando haver risco quanto à transmissão do vírus. De 29 amostras de saliva de saguis reavaliadas, uma (3,4%) apresentou reação de IFD positiva. De 11 amostras de SNC, três (27,3%) apresentaram positividade. CONCLUSÕES: Os dados laboratoriais estão de acordo com os achados dos questionários, confirmando haver risco da transmissão do vírus da raiva devido à convivência de humanos com saguis (C. jacchus). INTRODUCTION: In the State of Ceará, a new variant of the rabies virus was identified associated with cases of human rabies transmitted by common marmosets (Callithrix jacchus), which are frequently kept as pets. This new variant does not present antigenic proximity or genetic relationship to variants of the virus isolated from bats and terrestrial mammals from the American continent. The present study aimed to evaluate the risk factors of rabies virus transmission from common marmosets (C. jacchus) maintained as pets in the metropolitan region of Fortaleza, State of Ceará, Brazil, to human beings. METHODS: A questionnaire focusing on animal management and interaction between humans and primates was applied to individuals who had marmosets in the municipalities of Aquiraz and Maranguape. In order to evalua
ISSN:0037-8682
1678-9849
DOI:10.1590/S0037-86822011005000031