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Demência por neurossífilis: evolução clínica e neuropsicológica de um paciente

Demência é uma das manifestações da sífilis tardia e caracteriza-se por deterioração cognitiva e alteração do comportamento. Descrevemos um paciente com declínio cognitivo, alterações na personalidade, hiperatividade, alucinações, delírios, diminuição da capacidade de julgamento, perda da memória re...

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Published in:Arquivos de neuro-psiquiatria 2000-06, Vol.58 (2B), p.578-582
Main Authors: VARGAS, ANTONIO PEDRO, CAROD-ARTAL, FRANCISCO JAVIER, DEL NEGRO, MARIA CRISTINA, RODRIGUES, MAIRA PINTO CAUCHIOLI
Format: Article
Language:English
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Description
Summary:Demência é uma das manifestações da sífilis tardia e caracteriza-se por deterioração cognitiva e alteração do comportamento. Descrevemos um paciente com declínio cognitivo, alterações na personalidade, hiperatividade, alucinações, delírios, diminuição da capacidade de julgamento, perda da memória recente e sinal pupilar de Argyll Robertson devido a neurosífilis. O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) foi 16. O líquido cefalorraquideano (LCR) mostrava 82 mg/dl de proteínas, 128 células/mm3 (98% mononucleares), VDRL 1:4 e hemaglutinação indireta para T. pallidum 1:2560. A ressonância magnética não mostrou alteração do encéfalo, mas o SPECT mostrou hipocaptação fronto-temporal à esquerda. O paciente apresentou melhora significativa após tratamento com penicilina endovenosa. O MEEM realizado 3 meses após o tratamento foi 22. Nova punção lombar mostrou normalização do LCR. Neurossífilis deve fazer parte do diagnóstico diferencial de todo paciente que se apresenta com deterioração cognitiva e alteração do comportamento. O Mini Exame do Estado Mental é útil na detecção das alterações cognitivas, permitindo quantificar a evolução e a resposta ao tratamento. Dementia is one of the manifestations of late syphilis and it is characterized by cognitive deterioration and behaviour disturbances. We report on a male patient with cognitive decline, behaviour disorder, hyperactivity, hallucinations, short-term memory and Argyll Robertson pupils due to neurosyphilis. Minimental state test (MST) was 16. Cerebrospinal fluid (CSF) protein concentration was 82 mg/dl, CSF-leucocyte count 128 cells/mm3 (98% mononuclear cells), CSF-VDRL 1:4, and CSF-T.pallidum haemaglutination assay 1:2560. MRI showed no cerebral alteration, but SPECT revealed left fronto-temporal hypocaptation. He received intravenous penicillin. MST done 3 months after the treatment scored 22. A new spinal tap showed normal CSF. Neurosyphilis should be part of the differential diagnosis of every patient showing cognitive deterioration and behaviour disturbances. During follow-up, MMS is an useful instrument to mesure cognitive decline and response to treatment.
ISSN:0004-282X
0004-282X
DOI:10.1590/S0004-282X2000000300029